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Au revoir Jorge Sette
This video expands on my blog post (Se você vem a São Paulo para a Copa do Mundo..: http://wp.me/p4gEKJ-od).
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Os que acompanham meus posts neste blog, meus amigos de Facebook e seguidores de Twitter já devem ter notado que tenho uma certa queda por pinturas, esculturas e design de forma geral. Fui também professor de línguas e teacher trainer por muitos anos. Portanto, nada mais natural do que conjugar paixões e habilidades num veículo educativo impactante e prazeroso. Bem, essas são minhas razões e motivos pessoais para combinar arte e ensino de línguas em instrumentos e objetos didáticos específicos: tenho no momento três ebooks publicados na AMAZON sobre o tema com atividades suplementares para professores de inglês envolvendo obras de Matisse, Picasso e Caravaggio.
Havendo exposto meu prazer na produção desses instrumentos, como acho que isso possa ser relevante para alunos e professores? A citação abaixo pode começar a ajudar a explicar meus objetivos:
“I found I could say things with color and shapes that I couldn’t say any other way – things I had no words for”, Georgia O’Keeffe.
Ou seja, as artes visuais são uma complementação da expressão verbal. Se não consigo comunicar pela fala ou escrita, mostro. E assim, meu trabalho como professor de línguas, e, num âmbito maior, como educador, se completa. E a aprendizagem do aluno de línguas se enriquece com algo que está fora do universo linguístico, mas que se integra a ele, acrescentando-lhe novas dimensões.
Entre as possibilidades de expressar o não verbal, está a capacidade da Arte de inspirar emoções, através de luzes, cores e formas. É capaz de traduzir a beleza de uma forma diferente da língua.
Outro aspecto interessante é que, usando arte, estamos acrescentando conteúdo ao ensino de língua. Faço parte da corrente dos que acreditam plenamente no poder de CLIL (“content and language integrated learning”) para a eficácia da aprendizagem. Ou seja, exceto no caso da poesia e da literatura, a língua não é um fim em si mesma, mas um canal para veicularmos toda sorte de assuntos, tópicos, e conteúdos de forma geral. O aluno de inglês em geral quer a língua como ferramenta para uso em sua área específica de atuação profissional ou acadêmica. Poucos se tornarão escritores ou poetas. Portanto, o uso da arte visual pode nos ajudar de forma criativa a discutir assuntos como mitologia, história, profissões, geografia, política, violência, religião, ou qualquer outro tópico do interesse do seu público. Tudo isso com um poderoso invólucro de emoção, força expressiva e beleza. A arte visual é interdisciplinar por sua própria natureza. Tudo que você precisa fazer é escolher o artista mais adequado para um certo tema.
Para concluir, gostaria apenas de contar uma experiência pessoal, que é bem pertinente neste sábado momesco em que escrevo este texto. Era aluno de Letras na Universidade Católica de Recife na época, e tinha uma dedicada professora de Literatura Portuguesa. Não preciso dizer que suas bem preparadas aulas não eram as mais populares entre os alunos, que mal podiam esperar pelo toque da campainha indicando o final da sessão e o ínicio dos prazeres da sexta-feira à noite (que se resumiam para quase todos a cerveja barata e serenata pelas ladeiras de Olinda). Um dia, porém, a professora entrou na sala portando um projetor de slides (nada de “data show” naqueles tempos medievais), e, para contextualizar o período barroco da literatura, que estudávamos, decidiu inovar, deixando os áridos textos e enfocando a pintura da época. Assim, nos apresentou Velázquez, explicando em detalhes o que deveríamos observar nas pinturas. Os alunos se quedaram em choque. A aula se prolongou por muito além dos 50 min de praxe. Todos ignoraram o toque da campainha, e permacerem imóveis, extáticos e atentos, enquanto Irene discorria elegantemente sobre Baco cercado por bêbados de dentes estragados pelo vinho. É a única aula dela de que consigo me lembrar.
The Triumph of Bacchus (Los Borrachos, The Topers), 1628-1629. Velázques. Diego. (Clique na imagem para vê-la ampliada)
Bom carnaval!
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1. Teaching English with Art: Matisse http://wp.me/p4gEKJ-1kP
(30 speaking and writing activities based on famous works by Henri Matisse)
2. Teaching English with Art: Picasso http://wp.me/p4gEKJ-1lA
(30 speaking and writing activities based on famous works by Pablo Picasso)
3. Teaching English with Art: Caravaggio http://wp.me/p4gEKJ-1mL
(30 speaking and writing activities based on famous works by Caravaggio)
Jorge Sette
O primeiro contato
A primeira vez com que me defrontei com Catherine e Heathcliff, personagens principais de O MORRO DOS VENTOS UIVANTES (Wuthering Heights), eu tinha quinze anos, e eles falavam em português. A cópia que eu lia, uma bela edição traduzida, de capa dura em vermelho da Editora Abril (veja foto abaixo), mencionava “charneca” (the moors) e “urzes” (heather). Nunca ouvi essas palavras em português noutro contexto, e as acho impressionantes e memoráveis. Não posso dizer, portanto, que minha obsessão pelo livro tenha sido causada pelo inglês apaixonado de Emile Brontë, a autora. Foi a história em si, o enredo, a estranheza dos personagens, com suas personalidades fortes e até mesmo violentas, e especialmente o cenário desolado de Yorkshire, que me marcaram tão profundamente.
Chegando ao original
Só muitos anos depois fui ler o original em inglês (confesso que até hoje tenho dificuldades com o dialeto local do personagem Joseph, o caseiro, fariseu fanático e mal humorado, sempre pontificando contra o pobre Heathcliff), e também, pude ouvir o texto em duas versões diferentes de audiobook (há várias, com diferentes narradores, disponíveis no site audible.com, que, acredito, pertence agora a Amazon). Cheguei a colecionar diferentes cópias impressas. E toda vez que vou à Livraria Cultura tenho que me controlar para não comprar uma nova, com capa e formato diferente. Tenho duas no Kindle.
Não sou a única vítima do fascínio quase inexplicável que Wuthering Heights exerce sobre alguns leitores, conheço muitos deles. Numa editora em que trabalhei, tinha laços muito estreitos com uma colega que morava na Inglaterra. Comentando sobre nossa amizade, uma da minhas chefes me congratulou, dizendo que era muito importante manter um bom relacionamento com clientes internos. Respondi com bom humor que não se preocupasse, pois eu e a colega tínhamos um vínculo inquebrantável: nossa paixão por Wuthering Heights.
A história
Para os que não conhecem o enredo, a história, que se passa na segunda metade do século XVIII, contada em flashbacks, é muito simples: um orfão de Liverpool, Heathcliff, de origem possivelmente cigana, é adotado por uma viúvo, que o recolhe durante uma viagem de negócios, e o traz para morar no casarão da fazenda que dá nome ao livro, situada num área desolada e inóspita do norte da Inglaterra, cercada pela charneca (saboreio essa palavra com prazer, como se fosse uma fatia de cheesecake). O viúvo tem um filho e uma filha, Catherine (Cathy), que, a princípio, desprezam e maltratam o recém-chegado.
Catherine e Heathcliff, no entanto, são espíritos livres e selvagens, e, é claro, não demoram a se encontrar um no noutro. Passam o dia brincando e correndo pela charneca (olha essa palavra aí de novo!), até que o inevitável acontece: se apaixonam. Surpreendentemente, Catherine decide se casar com um vizinho mais endinheirado, pois, para ela, a posição social é tão ou mais importante que o amor. Heathcliff a entreouve, sem que ela perceba, quando Cathy confessa à governanta (a narradora principal da novela) que seria humilhante casar-se com ele, apesar de ser a sua alma gêmea. “I am Heahcliff”, ela diz em certo momento, numa frase icônica, mostrando que o sentimento dos dois vai muito além de uma mera paixão física. Mas Heathcliff não chega a ouvir esta parte, pois já decidiu que não pode viver mais ali e se vai.
Anos depois ele retorna, rico e poderoso. O resto da história é uma intriga de amor, ódio, ciúmes e vingança – não, não é novela das oito da Globo, sei que há paralelos, mas não se enganem. Tudo isso envolto numa atmosfera gótica, com a violência da geografia e das condições climáticas (frio, chuva, neve e vento) não apenas servindo como pano de fundo, mas refletindo e reproduzindo, na natureza, as paixões dos personagens principais.
Os filmes
Vi duas versões cinematográficas do livro: a clássica, de 1939, com Lawrence Olivier no papel de Heathcliff e Merle Oberon no papel de Catherine, e uma mais recente, dirigida por Andrea Arnold, de 2011. A que prefiro é esta última, que ousa escalar um ator negro para o papel de Heathcliff. Esta versão para mim é a que reflete mais fielmente os personagens do livro. É uma versão mais sombria, cheia de silêncios e imagens impactantes do desolamento da região. Com atores em ótimas interpretações. Veja clip abaixo.
Por fim
Como conclusão, ressaltaria que a literatura, além do prazer (e obsessões) que proporciona e da capacidade que tem de aumentar nossa empatia, colocando o leitor numa posição privilegiada para apreciar e entender o ponto de vista e a perspectiva de terceiros, é também uma forma eficaz de aprendermos ou aprimoramos uma língua estrangeira.
Au revoir
Jorge Sette.
Uma das vantagens de se falar uma língua estrangeira, sobretudo o inglês, é a facilidade de lidar com as vicissitudes de uma viagem ao exterior.
Evidentemente em países como EUA, Inglaterra e Canadá, falando e entendendo inglês, você se sentirá muito mais à vontade. Tudo fica mais fácil, desde a constrangedora entrevista no posto de imigração na entrada do país, passando pelas compras, e abrindo até mesmo as portas à possibilidade de paqueras e amizades menos superficiais com as pessoas da terra.
Como gerente de marketing de duas editoras multinacionais, tive oportunidade de fazer muitas viagens a trabalho. Conheço , portanto, vários países da América, Europa e Oriente Médio.
Observei que, pela maioria dos países por onde passei, é muito fácil transitar usando apenas o inglês. A América Latina, no entanto, é um pouco problemática nesse aspecto, portanto, recomendo que se aprenda um pouco de espanhol (se for viajar profissionalmente). Já como turista, brasileiros podem se virar facilmente com o “portuñol”.
Grécia, Turquia e França são bastante refratárias ao inglês. Na França, tive dificuldade de atravessar a catraca do metrô com minha imensa mala, no trajeto do aeroporto para o hotel, e passei o vexame de ser submetido aos gritos de uma funcionária que tentava me explicar inutilmente que havia uma porta especial ao lado para passageiros com bagagem. Meu nível 3 de Aliança Francesa – interrompido há anos – não me ajudou muito. Hora de retomar.
Na Turquia, tive uma bola de futebol de borracha (com um desenho de mapa mundi) confiscada no aeroporto de Istambul por não ter conseguido comunicar mais claramente a ideia de que seria usada apenas como um inofensivo instrumento em um treinamento de professores.
Na Grécia, além do inglês, usei todo o meu arsenal de gestos e linguagem corporal para comprar um hidratante numa mercearia. Não sei exatamente o que comprei, mas ao aplicar a poção ao meu corpo depois do banho, notei que produzia espuma, e em poucos minutos minha pele explodiu em bolhas minúsculas, uma alergia fortíssima que quase me levou ao hospital (decidi esperar melhorar sem ajuda, pois seria complicado lidar com médicos e enfermeiras tão mitológicos, uma vez que inglês para eles definitivamente NÃO é grego).
Motoristas de taxi gregos vão tentar roubá-lo independentemente de que língua você fale, portanto não posso usar isso como estímulo para fazê-lo aprender um idioma estrangeiro.
Na maioria dos casos, porém, viajar sabendo inglês torna sua experiência muito mais prazerosa. Recomendo!
Au revoir
Jorge Sette