Machado de Assis é considerado por muitos o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Conhecido como o Bruxo do Cosme Velho (o tradicional bairro carioca onde morava), Machado foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras (1987).

Machado de Assis
Autor de poemas, peças, romances e inúmeros contos, suas obras mais famosas incorporaram as características do movimento literário realista no final do século XIX e início do século XX. Destacam-se, sobretudo, os romances Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó, e Memorial de Aires. Machado morreu aos 69 anos, deixando um legado literário inestimável.

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Irônico, perceptivo e sagaz, Machado revelou-se um profundo conhecedor da sociedade brasileira (especialmente a carioca) da sua época, e da alma humana de forma geral. Eis alguns dos seus pensamentos mais populares, expressos nos seus livros:
Tudo acaba, leitor; é um velho truísmo, a que se pode acrescentar que nem tudo o que dura dura muito tempo. Esta segunda parte não acha crentes fáceis; ao contrário, a ideia de que um castelo de vento dura mais que o mesmo vento de que é feito, dificilmente se despegará da cabeça, e é bom que seja assim, para que se não perca o costume daquelas construções quase eternas. (Dom Casmurro)
A imaginação foi a companheira de toda a minha existência, viva, rápida, inquieta, alguma vez tímida e amiga de empacar, as mais delas capaz de engolir campanhas e campanhas, correndo. (Dom Casmurro)
O destino não é só dramaturgo, é também o seu próprio contra-regra, isto é, designa a entrada dos personagens em cena, dá-lhes as cartas e outros objetos, e executa dentro os sinais correspondentes ao diálogo, uma trovoada, um carro, um tiro. (Dom Casmurro)
Assim, apanhados pela mãe, éramos dois e contrários, ela encobrindo com a palavra o que eu publicava pelo silêncio. (Dom Casmurro)
Prazos largos são fáceis de subscrever; a imaginação os faz infinitos. (Dom Casmurro)
Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor. (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
Matamos o tempo, o tempo nos enterra. (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
O maior pecado, depois do pecado, é a publicação do pecado. (Quincas Borba)
Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento. (Esaú e Jacó)
Au revoir
Jorge Sette

The Curious incident of the Dog in the Night-Time, by Mark Haddon. The London Underground.
Wuthering Heights, by Emily Bronte. Yorkshire.
The Bonfire of the Vanities, by Tom Wolfe. New York City.
The Princess Bride, by William Goldman. The Cliffs of Insanity.
Middlesex, by Jeffrey Eugenides. Detroit, Michigan. USA.















