Rio Olympic Games’ Opening Ceremony took place on the warm evening of August 5th at the Maracanã stadium, an iconic sporting venue, known all over the world. It was a jaw-dropping festival of creativity, lights, dance and music, extremely well-orchestrated by movie directors Fernando Meirelles (City of God) and Andrucha Waddington (Me You Them), and produced by Daniela Thomas (Foreign Land).
Due to the serious political-economic crisis Brazil is going through at the moment – plagued by the worst recession in its history and having a president on the verge of impeachment – Brazilians have been deeply divided over the convenience and benefits of hosting the most important sporting event in the world. Many foreigners have also been quick at pointing out problems with the organization of the Games, believing the event is doomed.
Contrary to all expectations, however, the stunningly beautiful and energetic Opening Ceremony came as pleasant surprise, boosting Brazilians’ morale and making them proud of their country. It also signaled that the first Olympic Games in South America may run more smoothly than predicted, after all.
Among the highlights of the evening, we would list:
An emotional rendition of the national anthem by composer Paulinho da Viola, which brought tears to the audience’s eyes.
A powerful delivery by actresses Fernanda Montenegro and Judi Dench of poet Carlos Drummond de Andrade’s poem A Flor e a Náusea – used as a way to mark the importance of keeping the world sustainable and green.
As a follow-up, the world witnessed the implementation of an impressive initiative: all athletes contributed seeds of the native flora to the plantation of what will become the Radical Forest – let’s remember that the exuberant present-day Floresta da Tijuca (Tijuca Forest) was also man-made, the result of a similar initiative undertaken by Dom Pedro II, the enlightened emperor of Brazil during the second half of the XIX century.
The lighting of the Olympic Torch was conducted by long-distance runner Vanderlei de Lima, offering the audience an unforgettable spectacle, as the cauldron on fire was raised against the backdrop of a revolving metal structure which reflected its light, simulating a radiating sun.
Este blog está começando a parecer um guia turístico, já escrevi sobre meus lugares preferidos em Londres e Sampa, e estou sendo cobrado por meus amigos cariocas para cantar as belezas locais. Como estou certo que linguagem e cultura são inseparáveis, vamos a mais um post sobre outra das cidades mais fantásticas do planeta. Lembram-se do que falei num post anterior? É só seguir a rota das Olimpíadas, e o caro leitor chegará a alguns dos aglomerados urbanos mais especiais do mundo.
Recife versus Sampa versus Rio
Cresci em Recife, moro em Sampa há mais de vinte anos, e vou ao Rio sempre que posso, umas quatro vezes por ano. Recife para mim são as recordações da infância, a família, tapioca, um verde luminoso e onipresente, e a temperatura da água do mar mais gostosa do mundo. Sampa é o trabalho, a vida adulta, a maturidade com as delícias e dores que a acompanham, além da conveniência de morar no lugar que oferece a melhor infraestrutura do país. Já o Rio…
…Bem, o Rio, e a zona sul em especial, sem querer parecer um clichê de novela da Globo, é certamente o lugar para onde irei depois de morrer, se o paraíso existe. Ipanema é meu conceito de Céu. Uma fantasia de felicidade eterna, que um fim de semana prolongado ou 15 dias de férias podem proporcionar. Claro que é melhor justamente porque dura pouco, e não dá muita chance de se defrontar com os problemas por que passa o carioca típico no seu dia a dia. Nenhuma cidade brasileira oferece a segurança e conforto que são tidos como certos e garantidos nos EUA ou na Europa. O Rio não é exceção.
Já chegando ao aeroporto no Rio, uma sensação de bem-estar e excitação tomam conta da minha alma. A imaginação voa como os periquitos, tucanos e papagaios do desenho animado RIO, que é a idealização perfeita do espírito carioca. O sotaque aportuguesado, cheio de chiados e Rs aspirados, a ditongação diferenciada das palavras (vela= viela, doze=douze), a informalidade absoluta dos motoristas de táxi, que chegam a cutucá-lo para expressar uma idéia ou fazer-lhe uma pergunta…tudo me encanta. E o cronômetro inexorável começa sua dolorosa contagem regressiva de quanto tempo ainda falta para o embarque de volta para Sampa. Há tanto que fazer e falar sobre o Rio, que só me atreverei a contar alguns dos programas que faço quando tenho a sorte de me encontrar na capital carioca.
Ipanema e o Arpoador
Em geral me hospedo num hotelzinho em Ipanema. Nada em Ipanema é barato, mas já que é o bairro que mais frequento e onde faço a maioria dos meus programas, vale a pena o sacrifício, para poder passar o dia todo perambulando pelas redondezas, sem preocupação de pegar um transporte para ir a um hotel noutro bairro.
Sentar-se de frente para o mar ou para o Morro Dois Irmãos, nas cadeiras de praia alugadas das inúmeras barraquinhas que vendem bebidas, saboreando um açaí geladinho, é uma sensação que não tem preço. Se o dia não estiver nublado (ao menor sinal de nuvens ou possibilidade de chuva todo e qualquer carioca evitará a praia, mas não os paulistanos ou outros turistas, que têm seus dias contados!) já se começa a comentar na praia que “hoje vai dar por do sol”. Isso significa que você terá a oportunidade de, no final do dia, instalar-se na Pedra do Arpoador, na divisão entre Copacabana e Ipanema, e admirar uma bola de fogo avermelhada mergulhando no mar sob os aplausos de idólatras deslumbrados. Estatisticamente, a região do Arpoador é a área do Brasil onde as pessoas são em média mais felizes. Me pergunto por quê!
Por do sol, visto da Pedra do Arpoador. CLIQUE EM QUALQUER FOTO PARA VÊ-LA AMPLIADA.
Livraria da Travessa
Depois do por do sol, ainda com a sensação de que presenciei algo único – embora possa se repetir quase todos os dias – em geral me dirijo à Livraria da Travessa, com seu charme, ótimo atendimento, e a oportunidade de cruzar casualmente com celebridades da televisão brasileira. Não se pede autógrafo no Rio, já que todos estão mais do que acostumados a encontrar artistas e jogadores de futebol em todos os lugares, especialmente na praia. Mas um paulistano ainda pára meio boquiaberto quando percebe que Rodrigo Santoro ou Andrea Beltrão estão tranquilamente vasculhando a prateleira de livros a seu lado na Travessa.
Livraria da Travessa, Rio.
Urca
Quando saio de Ipanema, em geral pela manhã, que é a hora menos quente do dia, e antes de ir à praia, vou em geral à Urca. Caminhar pela pouco conhecida Pista Claudio Coutinho, que circunda o Pão de Açúcar, é sempre uma ótima forma de se exercitar. O lugar é cercado de vegetação, que se abre aqui e ali, mostrando trechos magníficos de mar azul, ilhas cercanas e navios que passam ao longe. Micos cruzam seu caminho ou o observam curiosos dos galhos mais baixos das árvores. Tem em geral uma temperatura mais baixa que a da cidade naquele momento. Aproveito depois para fazer um lanche num dos botecos que circundam a praia da Urca e comer empadinhas, casquinhos de caranguejo, ou outros salgadinhos típicos.
Jorge na Pista Claudio Coutinho, na Urca.
Jardim Botânico
O Jardim Botânico, com cerca de 6500 espécies de plantas, em estufas ou ao ar livre, é outro dos meus passeios favoritos. Sempre que estou no Rio, procuro reservar um tempo para passar por baixo daquelas palmeiras-imperiais centenárias, curtir o orquidário, e tomar um café olhando para o Cristo Redentor, que disputa com o Sol o título de divindade maior do Rio.
Jorge no Jardim Botânico, Rio.
O que ainda não fiz no Rio: voar de asa delta. Me prometi isso como presente no meu último aniversário, mas como se diz no popular, AMARELEI – tive medo e decidi adiar a empreitada. Fica aqui a promessa de que escreverei neste blog sobre essa experiência assim que for realizada.